Mysen, 20 Fevereiro 2008, 21h52
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Sinto o badalar constante de uma ideia que não me tem largado, entrando na minha mente sem querer sair. Por vezes sai, por uns minutos, mas só depois de ter pensado nela, fazer planos em cima do joelho, imaginar como seria. O gatilho foi accionado, como disse, ao ver aquela palavra… Brunei. Não que o Brunei seja o meu destino de sonho, mas é lá… longe. Fica na ideia o voluntariado de 2 meses na Índia. E a cada dia que passa mais certo estou que o vou fazer. Só ainda não me candidatei porque ainda faltam uns meses, e quero ver como isto corre, e que perspectivas terei a médio prazo. Vou chegar a Portugal com dinheiro suficiente para o fazer, concerteza. Chegava, passava Agosto, e ia Setembro e Outubro para a Índia, fazer voluntariado num orfanato. Ia-me dar mais uma experiência eventualmente espectacular, não só a nível pessoal como profissional, abrir mais os horizontes, experienciar as dificuldades que outros povos passam e como as ultrapassam… e no final, era sempre algo de diferente e novo para o currículo. Nunca me perdoaria se ficasse em Portugal 2, 3, 4 meses, sentado no computador a enviar alguns currículos, a ir tomar café ao sombrinha e ao fluvial, a ver a FOX, e não sair do sítio… ver os dias, as semanas, passar, e pensar que poderia ter seguido um sonho e fiquei! E agora que escrevo, entusiasmo-me! Sigur Rós (Starálfur) ajuda, mas ler-me, ver em palavras escritas, diante de mim, o que pela minha mente vai deixa-me com a vontade de confirmar, de dizer “Sim, vou!” – e sei que uma vez dizendo isso, o mais provável é ir mesmo. Por isso tenho pensado tanto… Sei que se não for agora, o mais provável é não ir mais. Começa-se a trabalhar, vai-se perdendo vigor com o passar dos anos, acho eu, e depois as férias são meros períodos de 2 ou 3 semanas… Quando me contam as estórias, eu quero estar lá. Sinto-me ser chamado. F*da-se, vamos ver…
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Hoje fui à Ostfold Klinic. Adorei! Fomos visitar um paciente que entrará amanhã. O objectivo vai na linha da motivação, conversar, explicar o que se vai passar, quando o vamos buscar (no caso, amanhã), entre outros assuntos. Gostei muito por várias razões. Primeiro, o futuro residente é um homem de 31 anos Islandês que achei uma pessoa muito interessante. Não sei se não terá sido a minha avidez de contacto (psicológico) que fez com que bebesse cada palavra sua, e que me ouvisse falar com ele duma forma de que já tinha saudades… É que a… consulta, entrevista, seja o que for… foi, na maioria
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Amanhã vamos buscá-lo.
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Não sei se irei sempre descrever com precisão o que faço, pois há certas coisas que não mudam muito, como a reunião matinal, a reunião de equipa a seguir a esta, o jantar, seguido das seriezinhas, etc. Se entretanto mudar de ideias, notar-se-á.
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São 22h25, e preparo-me para deixar de escrever. Os meus romances têm saudades minhas, sendo que não lhes toco há cerca de 2 dias.
22h26
1 comentário:
E ele está adaptar-se?
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