Mysen, 9 Julho 2008
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De volta. De volta de onde, perguntará a alma desinformada? Pois é verdade que tenho falhado os meus compromissos “bloguisticos”… Muito aconteceu. Vou falar da última semana, e no próximo post dou um salto ao passado, onde conto como foi em Birmingham.
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Desde há muito tempo que sabia desta viagem. Todos os anos a Comunidade tem três viagens: a viagem à neve, onde fazem ski e snowboard; os jogos de Inverno/verão (alterna a cada ano) e a semana de férias. Tive sorte e o período em que aqui me encontro permitiu-me fazer parte das três. Assim, depois de comprar todas as roupas necessárias, estava pronto para partir. Claro que este processo de “ter as roupas necessárias” não foi tão simples como parece. Por mim, um par de camisolas seria o máximo que me prepararia para o frio… mas nem sempre posso fazer as coisas por mim por estes lados. As preocupações dos noruegueses acabam por ser mais fortes e um simples: “Não se preocupem, ‘tá-se bem” não é suficiente. Assim, fui às compras com o Svein-Tore e compramos mais ou menos 500€
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Assim, a custo fiz a minha mala. Olhava para o tamanho imenso, correspondido pelo peso esmagador, e imaginava-me a percorrer montanhas com aquele peso nas costas. Passava-me pela cabeça a ideia que mais tarde confirmei – não precisaria nem de metade de toda aquela roupa e cuidados… Além das vestimentas foi-nos igualmente disponibilizado um enorme saco preto com todo o tipo de comida. Desde refeições pré-feitas a pão, café, geleia, chá, chocolates, pó para fazer chocolate quente, manteiga, queijo, aveia, etc, etc, etc.
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A viagem demorou umas cinco horas, e quando chegamos vejo, com agrado, as cabanas que nos receberiam, e percebo que ali deixaria tudo o que trouxera, e que não precisaria de carregar o peso imenso a cada segundo. O primeiro dia foi um pouco aborrecido, e no segundo fomos, um grupo de 7, subir uma montanha de 2km de altura. Não é muito mas sempre é mais que a Serra da Estrela. No total éramos 42 pessoas, se não estou em erro, contando com o staff (6), toda a fase 1 e 2, alguns elementos da fase 3 e 1 da fase 4. Subimos a montanha com Martin, amigo desta CT, que trabalha
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A semana passou num ápice. Como momentos altos posso nomear estar no cimo dessa montanha, no primeiro dia, cansado e depois de horas e horas a subir, e olhar ao redor e ver, debaixo do quente sol de Julho, cordilheiras ao nosso redor vestidas de branco-neve… Ou ir numa caminhada com a Comunidade, pararmos perto dum rio para o pessoal pescar, e ver a Noruega apresentar-se diante de mim. Olhava para a frente e via um rio azul (não castanho) nervoso, a estender-se por aventureiras curvas. Do outro lado campos verdejantes estendem-se, a monotonia quebrada pelas inúmeras vacas e ovelhas que, com prazer, comem o dia todo. As quintas com os celeiros de madeira pintada de vermelho, as montanhas a delimitar o campo de visão, ao fundo. Bestial, mesmo. Disseram-me que aquilo sim, era a Noruega. Tudo bem. Se assim for, gosto, gosto bastante. Acho que, pelo menos a nível de beleza natural, a Noruega será mais bonita que Portugal. E mesmo, quem sabe, o mais bonito país de todos que visitei. É o sítio ideal para alugar um carro e mandar-se estrada fora, acampando ou dormindo em cabanas…
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Claro que conheci mais da Noruega do que doutros países, por isso esta opinião poderá estar um tanto ao quanto enviesada. Porém, saindo do domínio do relativo e entregando-me ao domínio do absoluto, não há qualquer enviesamento, ou erro, ao dizer que, para mim, sim, é um país muito porreiro.
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A semana correu bem, apesar de ter alguns mal-entendidos entre os residentes ou pequenos problemas. Não vi o sol da meia-noite, mas vi o sol das onze da noite. Vai ter de ser suficiente, por ora. Acima de tudo gosto deste ambiente de férias, num sítio porreiro, com bom tempo, em que me sinto mais próximo de quem talvez seja. À noite reuníamo-nos na sala por meia hora e partilhávamos como nos sentíamos. Uma vez disse, na brincadeira, que adorava sentir-me assim, como o Mogli. Para dizer a verdade, não foi na brincadeira…
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Foi também porreiro na medida em que tive a oportunidade de aprofundar a minha relação com Jack, elemento da equipa. Apesar de o conhecer desde que comecei, talvez pelos nossos trabalhos não se cruzarem, nunca falamos muito. Todavia, na viagem criamos uma boa relação. Ambos o dissemos no final.
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Bem, por agora vos deixo. Tentarei escrever brevemente acerca da minha viagem a Birmingham.
1 comentário:
pedro, a serra da estrela tem 2 km d altura.. :P stay cool [ ]
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